quarta-feira, 31 de março de 2010

como avaliar o aluno inclusivo?

Como avaliar o aluno inclusivo?


A avaliação faz parte do sistema educacional. O sistema de ensino tem o dever de dar base para que o aluno construa conceitos e tenha experiências sociais de forma a ser útil, participativo e atuante na sociedade, desse modo, a avaliação é um importante processo na construção do indivíduo como um cidadão, pois diagnostica o conhecimento que o aprendiz assimila, desenvolve, raciocina e constrói conceitos que levem a investigação e solução para os problemas da sociedade na condição de ser também parte dela.
Infelizmente o papel da escola é lançar conteúdos e depois cobrá-los dos alunos através de provas. As escolas doutrinam ensinando o valor da competição e assimilação, mas é necessário despertar o mundo a volta do aluno, para que ele interaja com esse mundo buscando sua realidade.
Desse modo a avaliação não pode apenas diagnosticar conteúdos assimilados, ela deve diagnosticar o processo de aprendizagem do aluno, pois avaliar significa acompanhar o caminho que o aluno segue em seu processo de ensino para descobrir suas necessidades, habilidades e dificuldades.
Esse processo é constante durante todo o aprendizado e não fragmentado, há que se apenas somar, e não subtrair, dividir como é o caso da avaliação tradicional.
Tratar então é necessário, a avaliação como processo de inclusão humana e social.
Todos os alunos devem ser avaliados da mesma forma através de diversas atividades, até mesmo com provas, se forem consideradas como “meio e não fim” de acordo com PERRENOUD (1999).
A avaliação deve ser um juízo de qualidade sobre dados relevantes para uma tomada de decisão. Desse modo não há avaliação se ela não trouxer um diagnóstico que contribua com o processo de aprendizagem dos alunos. Como a avaliação deve ocorrer em todo momento, é indispensável o registro diário das atividades aplicadas em sala de aula e os rendimentos de cada aluno, pois a observação só é válida quando registrada.
Deve-se fazer uma análise desde o início até o fim do ano sobre quais foram as evoluções de cada aluno em seu processo de ensino aprendizagem.
O plano de intervenção não se baseia apenas no diagnóstico e no treino das dificuldades da criança, mas também deve partir do que a criança faz como forma de promover a sua motivação para o envolvimento em novas aprendizagens.
Na intervenção tradicional a criança especial é tirada do grupo e recebe apoio individual em contexto artificial, dificultando a generalização das aprendizagens para outras situações.
A avaliação deve assumir-se na diferença entre iguais, contribuindo assim para o desenvolvimento das crianças do grupo da sala de aula.
Avaliar todos os domínios de desenvolvimento da criança inclui a participação de todos os agentes educativos envolvidos no dia-a-dia da criança.
A avaliação inclusiva busca o desenvolvimento de uma linha de investigação sistemática acerca do modo de realização do atendimento a alunos com necessidades especiais no que se refere a cenários de atendimento, comportamento e interações entre os interventores e resultados dos alunos, no que se refere a áreas acadêmicas e sociais.
Há que se refletir sobre a avaliação, principalmente quando se trata de educação inclusiva.
O papel da escola deveria ser o de desenvolver o potencial de cada um, respeitando as características individuais do aluno e sempre procurando reforçar os pontos fracos e auxiliando na superação desses pontos fracos, evitando desse modo que as dificuldades que as crianças possuem não sejam motivos para serem excluídas no processo de aprendizagem e muito menos possam ser rotuladas ou discriminadas.
Não há criança que não aprenda. Há algumas crianças que aprendem de modo diferente, umas mais rápido, outras não.

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